Ilhabela 'Antes e Depois' por Edson Souza
Morro da Cruz — Registro feito em 1919 — Acervo do Núcleo de Curadoria do 'Instituto Geológico SMA'… Detalhes: No meio do caminho um cachorro (é de lei) e em cima da pedra temos um caiçara. Não havia a cruz sobre a pedra nesta época.
O Morro da Cruz em Ilhabela tem um contorno diferente do passado. Não tinha a estrada, somente uma trilha ligando o Perequê ao Itaguaçu. A curva era mais fechada, íngreme. Devido aos acidentes, nos anos 1980 houve uma revitalização no trecho. Dinamites foram usadas para explodir a pedreira, causando rachaduras no Morro que podem ser vistas atualmente.
Em 2015, o arquiteto Ruy Ohtake esteve no local para conhecer a área desapropriada pela Prefeitura no Morro da Cruz. A administração municipal pretendia construir um “mirante” no alto do morro, objetivando mais um ponto turístico na cidade.
A planta projetada pelo arquiteto — R$ 395 mil — apresentava um mirante de 25 metros de altura com um salão para até 120 pessoas; uma construção baixa da parte térrea previa a instalação de um bar e lojas de artesanato. Ao todo a obra custaria cerca de R$ 2,5 milhões.
No entanto, o projeto não agradou a população de Ilhabela, que se manifestou contra a implantação da torre de observação. As ações apontavam a falta de sincronia com a paisagem da Ilha, conflitos com as legislações vigentes, como o Plano Diretor e a Lei Orgânica do Município e, sobretudo, a necessidade de priorizar investimentos em outras áreas.
Em junho de 2016, a Justiça suspendeu o contrato do mirante projetado por Ruy Ohtake em Ilhabela, proibindo a execução do mesmo.
Com a suspensão do projeto, o Executivo iniciou as obras para a construção de uma Praça no local. O espaço foi tratado com capinação e limpeza, colocação de corrimões e de pedras formando uma passarela. A inauguração aconteceu em dezembro de 2016.
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