Por Edson Souza / Divulgação SIVI 51ª
A Semana Internacional de Vela de Ilhabela (edição 2024) trará uma novidade nas regatas oceânicas. A “classe mais bacana” da modalidade, antes conhecida como Bico de Proa, ganhou novo nome e regras para garantir resultados mais justos na raia de Ilhabela (SP).
Estamos falando da RGS Cruiser, uma iniciativa da ABVO — Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, em colaboração com a comunidade náutica. O grupo criou diretrizes para aumentar a competitividade e a igualdade nas corridas oceânicas em todo o país. A categoria já foi disputada em eventos como o (Ubatuba Sailing Festival), Copa Mitsubishi e regatas em Santos (SP).
De 19 a 27 de julho, durante a Semana Internacional de Vela de Ilhabela no Yacht Club de Ilhabela (YCI), a RGS Cruiser trará muita diversão na água e envolverá um número crescente de velejadores.
“A Classe é a melhor porque é descontraída, modesta e acessível. Não há necessidade de vela de material exótico ou equipamentos grandes. As equipes muitas vezes incluem familiares, filhos e até avós”, explicou Cuca Sodré, organizador técnico da SIVI. “Há uma confraternização no YCI, com uma grande disputa ao mesmo tempo. A RGS Cruiser está pronta para ajudar”; concluiu.
A ideia de Cuca Sodré e dos organizadores da RGS Cruiser é manter a simplicidade a bordo. “A pessoa não precisa fazer nada, basta chegar com o barco que já tem o certificado anexado”. Na “web”, a página da RGS tem uma lista com todos os TMFs agregados.
Segundo a nota técnica publicada pelo comodoro da ABVO, Bayard F. Umbuzeiro, somente cruzadores que possam ser medidos na classe BRA-RGS são aceitos para a RGS Cruiser. Anteriormente, o Bico de Proa não media veleiros, o que não garantia a lisura das competições.
Além disso, não serão aceitas na classe, embarcações que tenham emitido certificados nos últimos três anos em qualquer regra de classificação como ORC, IRC, VPRS, BRA-RGS ou outras.
“Na vela de oceano, temos barcos de tamanhos e velas diferentes. Para que a competição fosse justa, foram criadas as regras de classificação (rating), um coeficiente calculado a partir de uma equação matemática de medição de cada barco”, explicou Bayard. “No antigo Bico de Proa, que não tinha classificação, um veleiro pequeno nunca poderia competir de forma justa com um barco grande”.
O Conselho Técnico aprovou a medida em reunião realizada em 9 de abril de 2024.
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